Escolha Objetal
A Escolha Objetal, de acordo com a teoria psicanalítica, refere-se ao processo pelo qual um indivíduo seleciona um objeto (geralmente outra pessoa) para dirigir os seus desejos sexuais ou amorosos.
No contexto psicanalítico, "objeto" é usado para denotar o alvo das pulsões ou desejos do ego.
Sigmund Freud introduziu o conceito de Escolha Objetal em suas teorias sobre o desenvolvimento sexual humano. Em sua visão, os indivíduos passam por diferentes fases de desenvolvimento durante as quais o foco de seus desejos muda (teoria das fases do desenvolvimento psicossexual).
Durante essas fases, a escolha objetal desempenha um papel crucial na forma como os indivíduos desenvolvem e expressam sua sexualidade.
Tipos de Escolha Objetal
Freud distingue dois tipos principais de escolha objetal: a anaclítica (ou de apego) e a narcisista.
A escolha objetal anaclítica envolve o indivíduo que seleciona um objeto que se assemelha a uma figura importante de sua infância, geralmente um cuidador, como a mãe ou o pai.
Essa forma de escolha objetal é vista como uma extensão do apego infantil à figura do cuidador para a vida adulta.
Já na escolha objetal narcisista, o indivíduo escolhe um objeto que é uma representação idealizada de si mesmo.
Esta forma de escolha é vista como um reflexo da fase narcisista do desenvolvimento, onde a criança se percebe como o centro de seu próprio universo.
Influências na Psicanálise Contemporânea
A teoria de Freud sobre a escolha objetal tem sido influente em várias escolas de psicanálise. O conceito foi desenvolvido e ampliado por psicanalistas subsequentes, como Melanie Klein, Jacques Lacan e Donald Winnicott, para incluir o papel da escolha objetal em uma variedade de relações humanas e formas de apego.