Flecha Descendente
A Flecha Descendente é uma técnica usada na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) na qual o terapeuta identifica um pensamento automático chave que suspeita ser diretamente derivado de uma crença disfuncional.
Por exemplo, se uma pessoa está sempre atrasada para o trabalho, ela pode ter um pensamento automático como "Eu nunca vou chegar a tempo".
Neste cenário, a Flecha Descendente seria usada para explorar a origem desse pensamento automático.
O terapeuta perguntaria ao paciente o que significa para ele estar sempre atrasado. As respostas do paciente podem levar a uma série de medos e crenças, como "Isso significa que sou desorganizado" ou "Isso significa que nunca vou ser promovido".
O terapeuta continuaria a fazer perguntas que desafiam o significado e as implicações desses pensamentos e crenças. Por exemplo, o terapeuta pode perguntar "O que isso significa sobre você se você é desorganizado?" ou "O que aconteceria se você nunca fosse promovido?".
Essas perguntas levam a um aprofundamento na psique do paciente, revelando crenças intermediárias e, eventualmente, chegando à crença central.
Por exemplo, se o paciente responde que ser desorganizado significa que ele é incompetente, isso poderia ser uma crença intermediária.
Continuando a fazer perguntas e desafiando essa crença, o terapeuta pode eventualmente ajudar o paciente a revelar uma crença central, como "Eu sou inútil".
Uma crença central de "Eu sou inútil" pode levar a uma variedade de pensamentos automáticos negativos (como "Eu nunca vou chegar a tempo"), emoções negativas (como tristeza ou raiva) e comportamentos autodestrutivos (como procrastinação ou negligência das responsabilidades).
Ao identificar e desafiar essa crença central, o terapeuta pode ajudar o paciente a mudar a forma como ele vê a si mesmo e, por consequência, mudar seus pensamentos, emoções e comportamentos.
A Técnica da Flecha Descendente em Ação:
Vamos considerar um exemplo prático de uso da técnica da Flecha Descendente.
Um paciente apresenta o pensamento automático "Eu sempre estrago tudo". O terapeuta, usando a Flecha Descendente, pergunta ao paciente o que esse pensamento significa para ele. O paciente pode responder algo como "Significa que eu sou um fracasso". Esta é uma crença intermediária.
O terapeuta continua a fazer perguntas, como "O que isso significa sobre você se você é um fracasso?". O paciente pode responder "Significa que eu não sou bom o suficiente". Isso revela a crença central do paciente.
Ao continuar a explorar e desafiar essa crença central, o terapeuta pode ajudar o paciente a mudar sua perspectiva sobre si mesmo e a desenvolver pensamentos, emoções e comportamentos mais saudáveis.