Introjeção
(1) Para a Psicanálise, a introjeção é um processo inconsciente pelo qual o sujeito incorpora ao Eu (Ego) aspectos dos objetos e da realidade externa. Consiste em fazer entrar no aparelho psíquico uma quantidade cada vez maior do mundo exterior.
A introjeção é um mecanismo que pode se repetir com objetivo defensivo e regressivo no adulto, como um amparo contra a insatisfação causada pela ausência exterior do objeto.
A incorporação é o objetivo mais arcaico dentre os que se dirigem para um objeto e a identificação, realizada através da introjeção, é o tipo mais primitivo de relação com os objetos.
Além disso, todo tipo de relação objetal que depare com dificuldades é capaz de regredir à identificação e todo objetivo pulsional ulterior é capaz de regredir à introjeção.
(2) Na teoria de Melanie Klein, a introjeção é essencial para o psiquismo, pois é através dela que se constroem os objetos internos, o que permite a formação do ego e do superego. Havendo um jogo de interações constantes entre os movimentos projetivos e introjetivos, do mesmo modo que entre os mundos objetais interno e externo, o que contribui para a manutenção de boas relações objetais, vitais para o sujeito.
Porém, para Klein, os objetos que se introjetam nunca são cópias fiéis dos objetos externos, mas que estes se encontram deformados por uma projeção das pulsões e sentimentos do sujeito.