Plasticidade Sináptica
A plasticidade sináptica se refere à capacidade adaptativa do cérebro de modificar a força e eficiência das sinapses - as conexões entre os neurônios - em resposta às experiências.
O cérebro humano é uma entidade altamente dinâmica e adaptável.
O conceito de plasticidade sináptica reflete essa propriedade, postulando que as sinapses não são fixas em força ou número, mas são capazes de mudar em resposta ao uso.
Essa capacidade de alterar as conexões sinápticas é essencial para processos como aprendizado, memória e adaptação ao ambiente.
Os processos bioquímicos que permitem a plasticidade sináptica são complexos e envolvem alterações na quantidade de neurotransmissores liberados, no número de receptores na sinapse pós-sináptica, na síntese de novas proteínas e nas alterações estruturais na própria sinapse.
A compreensão da plasticidade sináptica é importante para entender e tratar várias condições neurológicas e psiquiátricas, como Alzheimer, Parkinson e depressão, nas quais os processos normais de plasticidade podem estar comprometidos .
Tipos de Plasticidade Sináptica
Existem duas formas principais de plasticidade sináptica:
- Plasticidade pela Potencialização sináptica de Longa Duração (long-term potentiation - LTP): Esta é uma amplificação duradoura da força sináptica em resposta a estímulos repetitivos ou intensos. A LTP é frequentemente associada à formação de memórias.
- Plasticidade Inversa pela Depressão Sináptica de Longa Duração (short-term depression - LTD): Este é um enfraquecimento duradouro da força sináptica em resposta a estímulos de baixa frequência ou repetitivos. A LTD está relacionada ao esquecimento e à remodelação sináptica.